quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Me ajude senhor.


"Na cidade grande um preto pobre suburbano
Comendo só migalhas, sobrevive mais um ano
Sua classe social é um obstáculo invencível
Jogado em qualquer canto, como um bicho desprezível
Largado pelas ruas, sem direito e sem escolas
Doente e fudido, tem até que cheirar cola
Sua mente ficou frágil como um papel molhado
Pelo grilhão da miséria continua escravizado
A sua senzala é a rua, o senhorio é o preconceito
Sem folclore, sem cultura, sem respeito por si mesmo
Entre a miséria e a riqueza, não se acha o meio-termo
Desigualdades, diferenças é tudo que vejo...

"Ele falou, me ajude senhor e ajoelhou, pra amenizar sua dor."

Enquanto que na rua vai tentando se virar
Políticos corruptos, champagne e caviar
Escolheu a vida honesta e só conhece o revés
Criminoso com diploma tem o sistema à seus pés
Desequilibrando a estrutura social
Só visando lucro, sem respeito e sem moral."


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